Ao completar 30 dias como presidente em exercício do Conselho Diretor do Vitória, Fábio Rios Mota, concedeu coletiva na sala de imprensa Jornalista João Borges Bougê, na manhã desta sexta-feira (3), e lançou um desafio à torcida: o clube ter 15 mil sócios.
“A torcida no fim da Série B abraçou o Vitória, mostrou que quando ela é bem tratada, valorizada, ela é o nosso maior patrimônio. Nós precisamos, e fica aqui o desafio, ter 15 mil sócios no clube. Hoje, o sócio que nós temos nos dá uma receita pequena. Só para ter uma ideia: para a gente ter uma folha de R$600 mil, precisa ter 15 mil sócios. Evidente que temos outras ações com patrocinadores para nos ajudar. Mas nesse o momento o maior ativo que o Vitória tem é a nossa torcida. Que precisa se associar e resgatar o Vitória desse local que não deveria estar mas que, infelizmente, está nesse momento”, disse Fábio Mota ao iniciar a coletiva.
Fábio Mota lamentou as demissões feitas pelo clube, necessárias por causa da redução da receita com a queda para a Série C do Campeonato Brasileiro.
“A realidade nos faz fazer algumas alterações. Nós precisamos adequar o clube, infelizmente, à situação que ele está hoje. Nós perdemos receitas financeiras e é por isso que montamos um plano de ação de medidas administrativas de contenção de gastos. Nós precisamos cortar 50% das despesas do clube e o que a gente está fazendo, tanto na área pessoal como em outros áreas do clube”, continuou.
Durante a entrevista, Fábio Mota revelou que até o dia 17 de dezembro – nessa data a Confederação Brasileira de Futebol entra em recesso – pretende anunciar contratações que estão bem encaminhadas e garante que para o início do Campeonato Baiano, a primeira competição em 2022, quer apresentar uma equipe competitiva mesclando os atletas revelados na base com jogadores experientes.
Disse, também, que a questão de divisão de formação do clube é a prioridade máxima. “Sabemos que é o elemento que vai nos ajudar a sair dessa crise. Para que você possa continuar investindo na base, tem que fazer outros tipos de ajustes na estrutura do clube. A estrutura do clube hoje é muito cara, custa cerca de R$ 3,5 milhões”, revelou.
Equacionar o débito com o atacante argentino Walter Bou – 200 mil dólares – e o clube argentino Boca Juniors – cerca de 300 mil dólares – é uma ação também emergencial. O jurídico do clube já se movimenta para parcelar os débitos porque se isso não ocorrer o Vitória está impedido nas três próximas janelas de fazer contratações.
O presidente em exercício adiantou que é intenção renovar o contrato do atacante Dinei, que sofreu cirurgia de LCA (ligamento cruzado anterior). O jogador tem vínculo com o clube até dezembro deste ano.