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Projeto Convivendo & Aprendendo oferece atividades gratuitas para comunidades de Salvador

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Promovido pelo Parque Social em parceria com a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), o Projeto Convivendo & Aprendendo vem mudando a vida de crianças, adolescentes e idosos em 12 comunidades de Salvador. A iniciativa oferece oficinas e atividades como forma de fortalecer os vínculos familiares e comunitários, atuando como ferramenta de inclusão social, especialmente em regiões marcadas pela pobreza extrema, estimulando a convivência, a troca de saberes e o empoderamento de forma lúdica e criativa.
Voltado para o público de seis a 17 anos e pessoas com mais de 60 anos, o projeto promove ações contínuas que incentivam a socialização, a valorização pessoal e a construção de uma identidade comunitária. Oficinas de dança, artes plásticas, jogos lúdicos, capoeira, muay thai e atividades físicas estão entre as opções oferecidas. Além de fomentar o sentimento de pertencimento, as atividades também incentivam a cultura empreendedora como instrumento de transformação social.
“As ações que a gente vem desenvolvendo na comunidade dão visibilidade ao projeto, com uma devolutiva positiva da comunidade, visto que a gente atende pessoas que estão em vulnerabilidade social. E por meio dessas ações, a gente vem conseguindo fortalecer o vínculo comunitário desses sujeitos, fazendo com que eles se tornem protagonistas na sua própria história”, explica a coordenadora do projeto no Parque Social, Ilsa Carla.
Lugar de acolhimento – O coordenador do projeto em Paripe, Ednei Gomes de Matos, de 42 anos, conta que a iniciativa já tem aproximadamente um ano na localidade. “Temos oficinas que ofertamos para as crianças, adolescentes e idosos a partir dos 60 anos. Mas aqui não oferecemos só oficinas, mas também um lugar de acolhimento, de escuta. Muitos vêm nos turnos opostos das atividades e param, desabafam, se sentem acolhidos por nós”, relata.
O espaço hoje beneficia 130 pessoas, divididas em turnos e dias escalonados. Matos acrescenta que o projeto melhorou muito a vida dos idosos, que antes não tinham perspectivas na terceira idade. “Temos a história de uma idosa que só caminhava com andador, e agora ela já vem sem ele. Antes ficava muito presa em casa e, agora, já quer fazer as coisas dentro de casa, quer ir à praia. O projeto mudou a vida dela, é qualidade de vida”, afirma.
Orientações e cuidados – Aos 69 anos, Iraci Maciel Carlos participa há um ano do projeto. “É uma experiência muito boa, antes de entrar aqui eu estava perdida. Aí recebemos uma visita no colégio em que eu estudo, perguntando se a gente tinha interesse em participar do projeto, eu nem sabia onde era. Aí eu vim procurar e achei. Foi uma bênção, uma experiência muito boa, graças a Deus. Eu adoro a aula de dança. Tudo para a gente é ótimo, minha autoestima melhorou, hoje me arrumo com prazer e venho. Estou feliz aqui junto com as minhas amigas. A gente vai com a cabeça ‘beleza’ para casa”, diz.
Também moradora de Paripe, Joana Angélica dos Santos, de 64 anos, participa do projeto há quatro meses. “Ah, isso aqui é uma experiência maravilhosa. Eu sempre procurei uma atividade perto de casa e, quando soube desse aqui, eu passei, e fui acolhida. Eu falei dos meus problemas, porque eu já tive sérios problemas com saúde mental, depressão, e foi transformador. Me sinto empoderada”.
Ela reforça a importância das atividades. “Temos artes, tem a parte dos exercícios físicos e o pessoal que está orientando a gente, os oficineiros que fazem as oficinas têm muita educação, preocupação e cuidado. É uma coisa que a maioria dos idosos estão precisando, porque no dia a dia, às vezes, os filhos não têm nem tempo de dar toda essa atenção. Aqui o idoso já sabe que ele tem aquele horário, aquela atenção, que é bem acompanhado. Tem parceria com o pessoal da unidade de saúde que vem aqui, explica algumas coisas, e ainda comemoramos os aniversariantes do mês. É muito importante que todos os bairros tivessem um projeto desses”, recomenda.
Inscrição – Para participar, os interessados devem se dirigir a uma das unidades do projeto para fazer a inscrição, levando os seguintes documentos do participante e do responsável: NIS, RG, CPF e comprovante de residência.
As unidades estão localizadas em Itapuã (Travessa Veredas de Itapuã, casa 4, KM 17); Boca do Rio (Rua José Guimarães, 2, casa); São Cristóvão (Praça da Matriz, 1, Centro Paroquial de São Cristóvão); Areia Branca (Travessa Iguassu, 1, º andar); Fazenda Grande do Retiro (Avenida Bahia, 52); Engenho Velho da Federação (Rua das Palmeiras, 38 B); Saramandaia (Rua Avenida Senhor do Bonfim, 30); Pau Miúdo (Rua dos Pirineus, 32); Bonfim (Rua Henrique Dias, 235, Sala 2); Uruguai (Avenida São Roque, 319, Térreo); Campinas de Pirajá (Estrada de Campinas, 9999) e Paripe (Rua da Bélgica, s/n).
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