Jovens de Cajazeiras falam da expectativa para o Festival Literário Nacional (Flin)

Foto: Ascom FPC

A juventude de Cajazeiras tem desfrutado de uma ampla programação educativa e cultural nas 21 escolas do bairro desde a abertura do pré-Festival Literário Nacional (Flin), no último dia 14 de setembro. Uma prévia que tem deixado muitos jovens curiosos em relação ao festival e cheios de expectativas.

O estudante e escritor Jean Carlos, está ansioso por ser a primeira vez que vai a um evento literário. “Eu acho que vou relembrar a experiência de quando estive em uma biblioteca pela primeira vez. Quero sair do festival com novos conhecimentos, conhecer pessoas novas e ter contato com coisas que ainda não tive a oportunidade de ler”, conta com empolgação.

Durante a Pré-Flin, algumas atividades de estímulo à leitura e à escrita têm despertado o interesse dos jovens e até incentivado publicações. A estudante de terceiro ano de Cajazeiras, Aline Teles, já escrevia para si e tinha vontade de publicar um compilado dos seus textos, quando teve a oportunidade de fazer a Oficina de Poema-Cartaz, com a escritora e artista visual Laura Castro. “Estou com várias ideias! Eu comecei a escrever um livro, mas acabei desistindo. Hoje eu penso em retomar essa produção”.

A diretora do Livro e Leitura Bárbara Fálcon, enxerga nessas atividades uma oportunidade para a descoberta de habilidades pessoais para muitos jovens. “É um momento de reconhecimento e compartilhamento de ideias. Nas ações da Diretoria do Livro e Leitura, temos tido boa recepção dos alunos. Mesmo preocupado com o material que a gente tá levando, para que atinja realmente esse público que a gente quer como prioritário, a reposta é a surpresa com os títulos, com os jovens saindo muito felizes, por encontrarem poesias negras, contos, romances”.

Os espaços também têm produzido discussões e ampliação de perspectivas críticas no âmbito da cultura, da história, da literatura e de temas da atualidade. O estudante Felipe Dias, de 17 anos, acredita que o Flin pode ser um lugar de fortalecimento da cultura nacional e de percepção do conhecimento como uma potente arma para defesa dos direitos coletivos e individuais.

No Festival
Durante os dias de festival, o Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras terá serviços destinados ao público jovem, com ampla infraestrutura e espaços organizados a partir de diferentes setores, como a Arena Leia e Passe Adiante, dividida em espaço Infantil e Jovem; a Passarela do Livro, que reunirá stands de venda de livros de diversas editoras do país e Tenda Cultural, com programações de slams, saraus, repentes e muito mais.

Mobilização – Esse primeiro momento envolve uma gama de eventos que vai até o início de novembro, voltada à juventude de Cajazeiras, com o diferencial do diálogo com a população local. Todas as atividades se inserem no campo da leitura, da escrita e da formação e acontecem nas escolas da rede estadual do bairro. A Pré-Flin promove diversas atividades junto à comunidade local e ainda este mês estão previstas reuniões com empreendedores de Cajazeiras para formações sobre Empreendedorismo e Cooperativismo; bate-papo e atividades educativas, através do TransformaeÊ, com crianças e adolescentes das escolas estaduais da região; oficina de poema-cartaz e campanha Leia e Passe Adiante, com distribuição de livros nas escolas. Além do aulão pré-ENEM sobre A História da Bahia na história do Brasil, que será realizado em diversas escolas durante os próximos três meses.

Flin – O Festival Nacional Literário (Flin): Diversas Leituras & Novos Caminhos é um projeto do Governo do Estado da Bahia, executado através da Secretaria de Cultura (SecultBA) e coordenado pela Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA). O Flin conta com a parceria das secretarias de Administração (SAEB); de Comunicação (SECOM); de Educação (SEC); de Meio Ambiente (SEMA); de Saúde (SESAB); de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE); de Políticas para as Mulheres (SPM); de Promoção da Igualdade Social (SEPROMI); de Tecnologia e Ciência (SECTI) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), além da Bahiatursa, do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e da Fundação Cultural (FUNCEB).