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Prefeitura lança cartilha de combate ao racismo

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Fotos: Daniela Passos/Semur

A Prefeitura de Salvador lançou uma cartilha de combate ao racismo para os foliões que estão curtindo o Carnaval 2024 na capital. Bem didática, a publicação busca conscientizar as pessoas com orientações de como evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo e que devem ser eliminadas do dia a dia. Intitulado “Não deixe o racismo estragar nossa folia”, o material foi produzido em parceria com o Instituto Commbne e está sendo distribuído nos circuitos da folia.

“Entendemos que o momento do Carnaval serve também para tratarmos de temas necessários, como o combate ao racismo. E essa cartilha, que uniu algumas secretarias da nossa gestão e uma entidade da sociedade civil que busca exatamente essa conexão da comunicação antirracista no mundo inteiro, é um instrumento eficaz, uma vez que recebemos aqui, no período da folia, pessoas de todas as partes do planeta”, explicou Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação.

De acordo com a publicação, a promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo são pautas prioritárias para a Prefeitura de Salvador e, por meio de políticas públicas consolidadas e intersetoriais, que incluem também campanhas e ações educativas, o município busca sensibilizar e conscientizar os cidadãos. Uma dessas formas, ressaltou Vidal, é a comunicação antirracista, fundamental para construir uma sociedade que respeite a dignidade de cada pessoa.

A Prefeitura de Salvador conta com uma pasta que é a instância responsável, através da transversalidade, por articular, junto às instituições governamentais e não governamentais, políticas públicas de promoção da equidade racial, a inclusão socioeconômica da população negra e a valorização da diversidade, que é a Secretaria Municipal da Reparação (Semur).

Para a secretária da Semur, Ivete Sacramento, “combater o racismo é um dever de todos nós, negros e não negros, e esta Cartilha integra as estratégias adotadas pelo município para o combate ao racismo e a promoção da equidade Racial, como o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) e o Observatório da Discriminação Racial, LGBT+ e Violência contra Mulher”.

“A cartilha é um relevante instrumento na perspectiva do letramento racial, ao passo que utiliza dos instrumentos próprios da comunicação com vistas a contribuir para efetiva reparação. Estratégias estas que cumprem o disposto na Lei 9.451/2019, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa de Salvador, regulamentado em sua integralidade, também de forma pioneira, no município”, destacou a titular da Semur.

O Instituto Commbne é uma organização fundada em Salvador, que tem como objetivo conectar comunicadores e perspectivas sobre comunicação negra e/ou antirracista, em nível global. O Instituto busca disseminar perspectivas inovadoras sobre comunicação, inovação, raça e etnia no contexto da diáspora africana, bem como, aprimorar a formação de estudantes e profissionais da área e fomentar o intercâmbio de experiências e narrativas em uma rede unificada.

“Para o Instituto Commbne, que conecta pautas sobre comunicação, inovação, raça e etnia, contribuir para o enfrentamento ao racismo no maior carnaval do mundo, o de Salvador, é uma honra. Temos um compromisso ético com a nossa ancestralidade e memória. Por isso, precisamos cuidar dos direitos da população negra de todas as formas, sobretudo através da nossa fala e formas de expressão. Racismo é crime e comunicação é um direito humano fundamental”, destacou Midiã Noelle, diretora geral da organização Commbne.

 

Expressões racistas – A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”!

Para a Prefeitura, o ideal é que o folião celebre o Carnaval com respeito e inclusão e que, ao eliminar expressões racistas e ações discriminatórias, as pessoas contribuem para a construção de uma festa sem violência. A cartilha uniu ações das secretarias municipais de Comunicação (Secom), Reparação (Semur) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).

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