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Entenda o que provocou as chuvas fortes desta terça (26) em Salvador

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Foto: Reprodução

A massa de ar frio começou a se instalar na noite desta segunda-feira (25), sobre o Oceano Atlântico, em Salvador. Logo depois, veio um sistema de alta pressão que arrastou as nuvens em direção à Baía de Todos os Santos. O resultado da ação desses dois sistemas foi a chuva desta terça (26), que ligou o alerta de perigo de deslizamentos e outros transtornos na cidade.

Desde a semana passada, meteorologistas começaram a identificar a chegada da frente fria à capital baiana. O sistema atmosférica se deslocou do Sudeste do Brasil até chegar à Bahia. Na semana passada, por exemplo, a quantidade de chuva em Vitória, capital do Espírito Santo, chegou a 452,2 milímetros, o mês mais chuvoso da região em mais de 27 anos, segundo o Climatempo.

Na avaliação da meteorologista Cláudia Valéria, do Instituto Nacional de Meteorologia  (Inmet), a chuva desta terça não “ocorre com tanta frequência”, mas não é “inédita”.

As chuvas no mês de novembro, mês de transição entre primavera e verão, costumam acontecer mais intensamente, na Bahia, nas regiões sul, sudeste e sudoeste. A chegada da frente fria, somada ao sistema de alta pressão, no entanto, moveram as nuvens também sobre a capital baiana.

A previsão para a tarde é de tempo ainda nublado e chuvoso, mas com redução de volume. A Defesa Civil de Salvador (Codesal) emitiu alerta máximo com a chegada das fortes chuvas e acionou as sirenes em 10 dos11 bairros da capital que contam com o dispositivo.

O alerta de perigo é acionado quando o volume de chuvas acumulado em determinada região ultrapassa a 150 mm. O diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macedo, recomenda que as pessoas permaneçam em casa, principalmente pela “retenção de água no trânsito” e possíveis transtornos. A previsão da Defesa Civil é que chuvas permaneçam na cidade até quinta (28).

“É claro que as pessoas em área de risco precisam se deslocar com maior rapidez possível e não ficar nessas áreas”

Cavado
Em nota divulgada no início da noite desta terça, a Codesal voltou a explicar a origem do mau tempo. “Devido ao fenômeno meteorológico conhecido por cavado, a frente fria que se encontra sobre Salvador se intensificou provocando o aumento da intensidade das chuvas. Em apenas três horas na manhã de hoje (26/11) foi registrado um acumulado de 169 mm, quando a média histórica de chuva esperada para todo o mês de novembro era de 106,5mm. Em bairros como a Liberdade e São Caetano, o índice pluviométrico chegou a 258 mm em três horas”, detalha o comunicado.

Ainda de acordo com a nota, em 24 horas, a precipitação atingiu a 172,1 mm, o que levou a Codesal a mudar o nivel de observação para alerta máximo, pela manhã, diante da notificação do Cemaden para risco muito alto para deslizamento de terra e continuidade de chuva forte nas próximas horas. “As áreas de forte instabilidade se formaram por causa do deslocamento de um “cavado”, nome técnico que se dá a uma região na atmosfera onde ocorre uma ondulação do fluxo de ventos no sentido horário no Hemisfério Sul e onde há também uma tendência à queda da pressão atmosférica”, reforça a Defesa Civil de Salvador.

Maré alta pode prejudicar escoamento 
Desde o início do dia, avenidas ficaram alagadas ou foram interditadas, o metrô reduziu esquema de funcionamento até a estação Detran e colégios, como o Antônio Vieira, decidiram suspender as aulas. Segundo o oceanógrafo Guilherme Lessa, professor da Universidade Federal da Bahia, transtornos poderiam ser até maiores, se chuva tivesse ocorrido poucas horas depois.

O maior volume médio de chuva caiu sobre a cidade até as 9h, quando 65,2 mm já haviam sido registrados pelos pluviômetros – equipamentos que medem a quantidade de chuva acumulada por milímetro.

 

Informações do CORREIO

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