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Fábio Vilas-Boas critica vacinas em clínicas particulares: “genocídio contra os mais pobres”

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Shirley Stolze/Ag. A TARDE

Em entrevista na Rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira, 7, Fábio Vilas-Boas criticou a possibilidade de clínicas particulares comercializarem vacinas contra a Covid-19. O secretário estadual de saúde afirmou que, se essa possibilidade realmente ocorrer, será um “genocídio contra os mais pobres”.

“É querer fazer seleção de quem vai sobreviver e quem vai morrer com base no dinheiro. Se essa doença fosse 100% letal e você oferecesse uma vantagem para quem tem dinheiro ter acesso à imunização, em pouco tempo você teria os pobres dizimados, mortos, e os ricos vivos, protegidos. Guardadas as devidas proporções, é isso que comercializar a vacina faz. Não vai faltar dinheiro no Brasil para distribuir vacina. Existem R$ 20 bilhões reservados no ministério para isso. Portanto, não há razão para as pessoas tirarem do seu bolso dinheiro para vacina”, declarou o secretário.

Vilas-Boas também mencionou as últimas ações do governo federal as quais ele considera como “avanços”, como a edição de uma medida provisória que trata de ações excepcionais para aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística.

 Ontem, 6, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello anunciou que o Brasil tem 354 milhões de doses garantidas de vacinas contra a Covid-19, para este ano. Sobre isso, Fábio julga que o principal “gargalo” está autorização emergencial de imunizantes por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): “Nós temos conversado com a Anvisa pra poder sensibilizá-los a flexibilizar as regras, que foram consideradas muito rígidas no momento de pandemia. Eles entenderam esse apelo, fizemos uma reunião com a Anvisa agora no dia 31 de dezembro durante grande parte da manhã, e eles estão sensibilizados e imbuídos do espírito de andar o mais rápido possível. Nós só poderemos usar se tiver registro”, sinalizou.

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