Caminhoneiros fazem paralisação na Bahia

Prevista para esta segunda-feira, 1º, o movimento de paralisação, por tempo indeterminado, dos caminhoneiros acontece no Estado sem consenso da categoria. Na BR-324, cerca de 20 caminhoneiros autônomos fazem caminhada pacífica em direção à Cia-Aeroporto. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a manifestação, que ocupa o acostamento e uma das faixas da rodovia.

De madrugada, a concessionária da BR-116 no Estado relatou duas paralisações parciais nos dois sentidos da rodovia, nas cidade de Itaitim e Vitória da Conquista. Após ser acionada, a PRF liberou a via. No sul e extremo sul do Estado, não há registro de paralisação parcial ou total dos caminhoneiros na BR-101. 

Segundo Jorge Carlos da Silva, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros na Bahia, a greve foi aderida em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, em Feira de Santana e em Vitória da Conquista, na região Sudoeste. “A recomendação do sindicato é a de que os motoristas deixem o caminhão em casa e participem do protesto”, declarou o presidente do sindicato, que também afirmou que um balanço sobre a adesão à paralisação só deve ser divulgado ao final da tarde. 

Reivindicações

Os caminhoneiros que aderiram à greve reivindicam melhores condições de trabalho, o marco regulatório do transporte marítimo, o direito a aposentadoria especial, além de protestar contra o aumento do preço do óleo diesel. A decisão de promover a paralisação foi tomada no dia 15 de dezembro de 2020, durante assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). 

Na quarta-feira passada, 27, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), havia feito um apelo à categoria para não realizarem a greve: “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder”, declarou. No entanto, apesar do pedido do presidente, os sindicatos confirmaram que fariam a paralisação nesta segunda-feira.