Deputados, Estudantes e Educadores reivindicam criação do IFBA em Cajazeiras

Deputados, estudantes e educadores unem esforços em prol da criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) em Cajazeiras, Salvador. Composta por 17 bairros e aproximadamente 1 milhão de habitantes, a região carece de instituições de ensino superior e profissionalizante, motivando ações encabeçadas por movimentos sociais, educadores e estudantes.

Durante uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), presidida pela deputada Olívia Santana (PC do B), Kilson Mello, representante dos movimentos sociais, destacou a dimensão de Cajazeiras e a ausência de opções educacionais superiores e profissionalizantes. Elis Lopes, pró-reitora de Desenvolvimento Institucional do Ifba, enfatizou que a instalação do instituto contribuiria não apenas para o desenvolvimento econômico da região, mas também expandiria as oportunidades para os jovens locais.

O estudo de previsões para o campus em Cajazeiras indicou baixo acesso ao ensino profissional na região. O Campus de Cajazeiras está entre os 300 campi do Ifba a serem implementados pelo Governo Lula, com possibilidade de apoio financeiro da bancada de parlamentares baianos. A falta de terreno é uma preocupação, sendo necessário buscar doações ou desapropriação para a construção da unidade.

A comissão destacou a necessidade de novas instituições de ensino, especialmente aquelas que oferecem formação profissional, considerando o perfil majoritariamente feminino, negro e de baixa renda da população de Cajazeiras. A deputada Olívia Santana (PC do B) conquistou a carência educacional na área e expressou confiança na implantação do Ifba em Cajazeiras.

Membros da ALBA, como o deputado Robinson Almeida (PT), comprometeram-se a interceder junto ao Governo do Estado para atender essa demanda estrutural. A secretária de educação da Bahia, Adélia Pinheiro, e representantes de outras secretarias expressaram apoio à iniciativa, destacando o papel da educação na luta contra a violência e o racismo.

Participantes da audiência, incluindo Juci Silva, diretora do Instituto Steve Biko, e Vitor Queiros, presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista (Abes), enfatizaram a importância da iniciativa, vislumbrando não apenas benefícios econômicos, mas também a possibilidade de instalação de universidades em bairros densamente povoados de Salvador