Conecte-se conosco

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Wagner se inspira em Constituição dos EUA e articula PEC para afastamento de Bolsonaro

Publicado a

em

FOTO: HEULER ANDREY/AFP

Parceria

Com inspiração na 25ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que versa que o vice-presidente assumirá a Casa Branca caso seja comprovada a incapacidade física ou mental do presidente, o senador Jaques Wagner (PT-BA) começou a colher assinaturas para apresentar uma PEC semelhante no Brasil.

Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9), o petista contou um pouco mais sobre a articulação e reforçou as críticas ao governo Jair Bolsonaro (Sem partido) pela gestão da pandemia.

“Eu acho que nesse aspecto ele é réu confesso por todas as declarações que tem dado. Isso já é constatado no mundo inteiro ao ponto das pessoas falarem que precisam salvar o Brasil do ponto de vista sanitário e passar a ignorar o presidente. Ele lá fora é visto como um lixo e aqui dentro como um desgovernado. Negou a vacina, negou o isolamento, negou a máscara, estimulou aglomerações, então é incompátivel do ponto de vista emocional com o cargo que ocupa”, afirmou.

De acordo com Wagner, que rejeita qualquer mudança no sistema político do Brasil, como uma guinada para o parlamentarismo, ao se dizer um “presidencialista convicto”, a democracia nacional precisa de novos dispositivos que permitam saídas para crises como a do atual momento.

“Eu sou um presidencialista convicto. É uma tradição brasileira e é o que eu defendo. Então essa ideia veio na minha cabeça pelo momento que estamos vivendo. Confesso que nunca tinha pensado nisso, mas quando vi que há essa emenda nos Estados Unidos, que é um país com uma tradição democrática consolidada, estou sugerindo que isso possa acontecer no Brasil e que nos vejamos livres desse total desequilíbrio”, ponderou o senador, que admitiu a preocupação de que o mecanismo vire artifício nas mãos de grupos políticos para criar instabilidades em governos futuros, com o exemplo passado do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

“O Congresso já fez isso no caso da Dilma. Usando as ferramentas que possibilitam um impeachment que nós temos a partir de um crime que nunca existiu e hoje estamos cheio de arrependidos por aí. Agora de fato, tudo que você faz pensando no bem pode ser usada de forma equivocada. O que vai impedir golpes é a maturidade da democracia brasileira e a cobrança da população”, concluiu.

O maior Portal de Notícias e Entretenimento de Cajazeiras e região. O que você gostaria de saber "A gente mostra todo mundo vê"

Advertisement
Advertisement

politica