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E.C. VITÓRIA

Zeca fala sobre a estreia e a emoção de ter marcado gol o fez lembrar da mãe

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Pietro Carpi/ECV

Depois de estrear marcando gol no empate de 1 a 1 com o Santa Cruz (PE), sábado passado, e ter sido eleito um dos melhores em campo na partida válida pela Copa do Nordeste, o lateral Zeca foi o escolhido nesta terça-feira (24) para a entrevista pós-jogo.

Visivelmente emocionado, o atleta de 28 anos de idade foi surpreendido com a aparição de Edgard Montemor Filho na sala de imprensa do Barradão. O executivo de futebol rubro-negro fez questão de presentear Zeca com a camisa com número 37 e o nome do lateral – praxe utilizada agora pelo clube na chegada dos novos contratados – e lhe deu as boas-vindas:

“Zeca já acabou estreando, estreando com gol, fazendo uma bela partida. Mas a gente não podia deixar de passar a oportunidade de desejar as boas-vindas. Que Zeca seja feliz com a camisa do Esporte Clube Vitória e tenha uma passagem vitoriosa”, disse Edgard.

Zeca estreou sem apresentação oficial por causa de uma emergência: o lateral Railan se recupera de lesão muscular e o técnico João Burse preferia não improvisar. Além disso, na sexta-feira, véspera do jogo, foi publicado no BID-E (Boletim Informativo Diário-Eletrônico) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a transferência internacional do lateral que dependia do futebol americano, onde Zeca atuou em 2022 na MLS pelo Houston Dynamo, dos Estados Unidos.

A primeira pergunta que Zeca respondeu foi por que o número 37 na camisa. A escolha está atrelada à sorte: “Sempre joguei com ela, desde a base. Foi sempre meu número de sorte”.

Chamou a atenção da imprensa a emoção de Zeca ao marcar o gol rubro-negro na estreia. Ele chorou e explicou o motivo durante a coletiva.

“O choro foi por ela. Toda vez que acontece de fazer um lance ou o gol, sinto a presença dela. O choro foi por ela”, disse, referindo-se à mãe morte.

Prosseguiu:

“Minha mãe me deixou com cinco anos. Foi trabalhar fora, voltou para colocar o pão dentro de casa, e eu pude conhecer partes que não conhecia. Depois disso, que aconteceu um episódio comigo, minha mãe pôde estar ao meu lado. Pude conhecer muitas partes dela, muito lado que não conhecia. Fiquei feliz de conhecer ela depois de uma turbulência. Conheci muito mais. Deus traz coisas para gente se conhecer melhor. Passada a fase da pandemia, minha mãe veio a falecer. Hoje eu tenho o entendimento de cada coisa que passei em minha vida. Passei essa fase turbulenta, mas aprendi. Cresci como homem, cresci como ser humano, cresci como atleta. Tenho certeza que me fez evoluir muito”.

Campeão olímpico em 2016 nos Jogos realizados no Brasil, Zeca desenvolveu a carreira desde 2009 no Santos, onde foi profissionalizado, e passou depois pelo Inter (RS), Bahia, Vasco (RJ) e Houston Dynamo (EUA). Confessa estar muito feliz no clube e que foi bem recebido por todos.

“Vou enfatizar uma coisa: vim para cá muito feliz. Quando recebi o telefonema e as conversas, fiquei muito feliz pelo projeto do clube. É um clube gigante e vai voltar para a Série A. Tenho certeza que é um grande clube que vim para fazer história junto com a equipe. Me vejo sendo Vitória. Mas preciso ressaltar o trabalho de todos. Não é o Zeca, é a família Vitória. É assim que a gente vai conquistar os pontos, títulos e o acesso”, completou.

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