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EDUCAÇÃO

Jerônimo Rodrigues não considera 2020 como um ano perdido para a educação

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Mônica Bahia/ SEC

O secretário de Educação do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, declarou, em entrevista dada à rádio A TARDE FM, no programa Isso é Bahia, que “2020 não foi um ano perdido para a educação” e listou as estratégias feitas por profissionais de educação para garantir o mínimo de funcionamento possível neste ano de pandemia. 

“A educação passou por um período de resistência. Muita coisa foi feita. Tivemos situação de alguns municípios que concluíram o ano letivo mediante o esforço de professores, secretários e alunos, existem municípios que estamos fazendo o planejamento para que possa acabar o ano letivo agora em março e nas particulares, as escolas também se esforçaram para garantir as atividades, mesmo com todas as dificuldades de se investir em uma rede remota sem preparação. Na formação dos professores no Brasil, nunca tivemos uma carga horária destinada a fazer com que o profissional aprenda a trabalhar com o ensino remoto e mesmo em casa os professores participaram de cursos de formação, criaram conteúdo para plataformas digitais, participaram de seminários e se aprimoraram dentro do possível”, sinalizou.

Quando questionado sobre uma possível retomada de aulas presenciais, ao menos em Salvador, Jerônimo ressaltou que, apesar da necessidade de retorno, o momento é de “aguardar a situação mínima de controle e disponibilidade de leitos” para promover essa volta. 

“Tínhamos uma expectativa que ao fim das eleições pudéssemos voltar às aulas e o que vimos foi o crescimento nos números. Dezembro também parecia um bom momento e aconteceu da mesma forma. Então estamos esperando um momento menos arriscado para que pelo menos possamos ter o início das aulas de forma híbrida: Um tempo em casa e um tempo na escola com uma quantidade reduzida de alunos. O que garantimos é que não vamos voltar até o dia 15 e com um grande risco de não voltar ainda em janeiro” afirmou o secretário.

Embora não veja o ano de 2020 como perdido, o secretário considera alarmante o déficit deixado pela ausência dos alunos em sala de aula. Devido a isso, planeja-se fazer “dois anos em um” durante o ano letivo de 2021, para assegurar a regularização do calendário nas escolas do estado. 

“Nós tivemos em 2020, na média, 100 horas-aula. A lei estabelece que sejam 800 e por isso precisaremos fazer uma agenda para que possamos pagar 700 horas em 2021. A lei permite que 30% dessas horas possam ser de forma domiciliar. Então se pudermos iniciar de forma híbrida em fevereiro, ainda não temos essa garantia, terminaríamos o ano de 2020 entre maio e junho e iniciaríamos 2021 logo depois indo até dezembro. Se tiver que prorrogar, podemos prorrogar”, completou. 

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